Olá! Aqui estou eu em uma análise especial que irei fazer de todos os jogos de uma franquia, os ordenando do pior para o melhor! A franquia de hoje é Ratchet & Clank!
Todos os jogos da franquia (exceto Full Frontal Assault, desculpem >_
-Ratchet & Clank (2002): https://gamergeek.com.br/topico/31/tudo-sobre-2-ratchet-clank-2002
-Ratchet & Clank: Going Commando: https://gamergeek.com.br/topico/32/tudo-sobre-3-ratchet-clank-going-commando
-Ratchet & Clank: Up Your Arsenal: https://gamergeek.com.br/topico/33/tudo-sobre-4-ratchet-clank-up-your-arsenal
-Ratchet: Deadlocked: https://gamergeek.com.br/topico/34/tudo-sobre-5-ratchet-deadlocked
-Ratchet & Clank: Size Matters: https://gamergeek.com.br/topico/35/tudo-sobre-6-ratchet-clank-size-matters
-Ratchet & Clank Future: Tools of Destruction: https://gamergeek.com.br/topico/36/tudo-sobre-7-ratchet-clank-future-tools-of-destruction
-Secret Agent Clank: https://gamergeek.com.br/topico/38/tudo-sobre-8-secret-agent-clank
-Ratchet & Clank Future: Quest for Booty: https://gamergeek.com.br/topico/38/tudo-sobre-8-secret-agent-clank
-Ratchet & Clank Future: A Crack in Time: https://gamergeek.com.br/topico/41/tudo-sobre-10-ratchet-clank-future-a-crack-in-time
-Ratchet & Clank: All 4 One: https://gamergeek.com.br/topico/43/tudo-sobre-11-ratchet-clank-all-4-one
-Ratchet & Clank: Into the Nexus: https://gamergeek.com.br/topico/59/tudo-sobre-14-ratchet-clank-into-the-nexus
-Ratchet & Clank (2016): https://gamergeek.com.br/topico/63/tudo-sobre-15-ratchet-clank-2016
-Ratchet & Clank: Rift Apart: https://gamergeek.com.br/topico/64/tudo-sobre-16-ratchet-clank-em-uma-outra-dimensao
Mas antes de ordenar todos os jogos da franquia, aqui estão algumas regras:
- Os jogos serão ordenados do pior jogo para o melhor jogo.
- Apesar de eu ter falado que a análise irá abranger TODOS os jogos da franquia Ratchet & Clank, temos duas exceções a regra: Ratchet & Clank: Going Mobile e Ratchet & Clank: Before the Nexus. Os dois jogos são respectivamente um jogo básico de celular antigo e um endless runner (tipo Subway Surfers). Visto que esses 2 jogos se distanciam bastante da fórmula da franquia, eles serão desconsiderados.
- Pelo fato de Ratchet & Clank Future: Quest for Booty ser um jogo relativamente curto, reciclar muitas assets e ser muito semelhante a Ratchet & Clank Future: Tools of Destruction, Tools of Destruction e Quest for Booty serão considerados como o mesmo jogo, como se Quest for Booty fosse uma DLC de Tools of Destruction.
- A avaliação é feita com base nos padrões da respectiva franquia que está sendo analisada.
- Essa é apenas a minha opinião sobre cada jogo.
- Vale lembrar que podem ter spoilers do enredo de todos os jogos da franquia.
Dito isso, vamos começar!
13° lugar: Ratchet & Clank: All 4 One (2011, PlayStation 3).
Ratchet & Clank: All 4 One foi um spin-off da franquia, um jogo feito para tentar apelar para uma abordagem mais de jogos de festa, tendo possíveis inspirações em jogos como Mario Party, Sonic Shuffle e Crash Bash.
A primeira crítica que eu tenho é que em minha opinião achei meio desnecessário a Insomniac ter tomado a decisão de encolher os personagens visto que isso deixou os tamanhos deles mais inconsistentes. Não me sinto exatamente confortável com os personagens tendo quase o mesmo tamanho, principalmente no caso do Ratchet e do Clank, quer dizer, na escala desse jogo o Clank tem quase o mesmo tamanho que o Ratchet, sendo que nos jogos da série principal o Ratchet literalmente carrega o Clank nas costas. Meio inconsistente isso.
Mas os problemas não se limitam a apenas a questão do tamanho dos personagens. Eu acho que as mecânicas de multijogadores desse jogo poderiam ter sido melhor exploradas, sem falar que a seleção de armas desse jogo é relativamente esquecível e poucas armas se salvam (como o Provocador, por exemplo, aquele lança-foguetes), sem falar do sistema de melhoria ser bem básico e depender do usuário comprar as melhorias em vez de simplesmente usar a arma a ser melhorada. Outro fato é a história desse jogo deixa a desejar para padrões de Ratchet & Clank, é bem básica e não chega nem aos pés de jogos anteriores da franquia, acho que até o Size Matters que é bastante criticado consegue ter uma história mais interessante.
Ainda dá para se divertir com esse jogo se você tiver algum amigo para jogar ao seu lado, mas a questão foi que esse jogo deixou bastante a desejar, especialmente pelo fato de ter sido lançado depois de A Crack in Time, um jogaço.
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12° lugar: Ratchet & Clank: Full Frontal Assault (2012, PlayStation 3 e PS Vita).
Ratchet & Clank: Full Frontal Assault foi outro spin-off da franquia que não deu muito certo. O jogo foi feito para comemorar o aniversário de 10 anos da franquia e tinha uma abordagem estilo tower-defense, em que os jogadores tinham que atacar a base adversária ao mesmo tempo que defendiam a sua própria base comprando defesas e etc.
O jogo tem um modo história que eu já adianto que é bem fraco em que você controla Ratchet, Clank e o Capitão Qwark. O vilão desse jogo é provavelmente o mais esquecível de toda franquia, Stuart Zurgo. Quem achou que seria uma boa ideia colocar um personagem que era apenas um figurante de Going Commando como o vilão de um jogo que deveria comemorar um marco especial da franquia? Sem falar que o jogo ainda faz uma tentativa de ressuscitar a Força Q, o grupo de heróis que foi responsável pela derrota do Dr. Nefarious durante os acontecimentos de Up Your Arsenal, mas é uma tentativa que eu considero fracassada visto que apenas Ratchet, Clank e Qwark estão nesse grupo, o que aconteceu com os outros membros? Sasha, Al, Skidd, Helga e Skrunch?
Ainda assim, a Insomniac tentou adicionar mais conteúdo para comemorar o aniversário de 10 anos da franquia, inclusive incluindo modelos de personagens que marcaram presença em jogos anteriores, mas ainda assim o jogo não teve mais nenhuma atualização depois de 2013. 1 ano desde o lançamento até a última atualização do jogo é um tempo que eu acho pouco para esse tipo de jogo, talvez eles pudessem continuar atualizando até meados de 2014 ou 2015 pelo menos. Halo 4, um jogo de 2012 lançado para o Xbox 360, continuou a receber suporte online mesmo depois da chegada de Halo 5 em 2015 para o Xbox One. Full Frontal Assault deveria ter tido mais tempo.
A ideia do jogo tinha potencial, mas infelizmente ela foi executada de uma maneira nada satisfatória e ainda por cima no aniversário de 10 anos da franquia.
11° lugar: Secret Agent Clank (2008, PSP).
Logo em seguida temos Secret Agent Clank. O jogo se trata de um spin-off baseado no seriado de TV fictício de mesmo nome em que Clank era o protagonista no universo da franquia, assumindo o papel de um agente secreto e tendo referências a James Bond em cada pixel da tela. Para quem não lembra, o seriado Secret Agent Clank foi mencionado anteriormente durante os acontecimentos de Up Your Arsenal (inclusive tem até uma missão nesse jogo que se passa no estúdio onde o seriado é gravado) e Deadlocked.
O jogo até tinha ideias interessantes, como por exemplo o fato do arsenal de Clank poder ser usado tanto para causar um estrago nos inimigos quando para passar por determinadas sessões da fase (quer dizer, as armas não se limitavam a apenas serem objetos para causarem dano) e também desviar um pouco o foco de Ratchet, visto que o lombax passou um bom tempo sendo o centro das atenções, e aparentemente a Insomniac queria testar algo semelhante com o que a Naughty Dog fez com a franquia Jak & Daxter no PSP, lançando um spin-off do pequeno amigo do protagonista (Daxter, lançado em 2006, considerado por muitos como um dos melhores jogos de plataforma do PSP, se não o melhor) no portátil da Sony.
Porém, Secret Agent Clank não deu muito certo. É, eu sei que era até legal quando o seriado era mencionado em breves momentos (como se fosse um artifício para roubar a cena ou pelo menos dar uma variada) de Up Your Arsenal, mas eu tenho minhas dúvidas se o seriado era tão bom a ponto de ser possível fazer um jogo inteiro sobre ele. A história do jogo tem muitos clichês e piadas de dignas de tio do pavê, e mesmo com os momentos onde você controla o Ratchet ou o Qwark para dar uma variada, eles não salvam o jogo.
Esse jogo me lembrou um pouco o que a Nickelodeon fez com um desenho deles chamado Jimmy Nêutron. Anos depois do desenho ter sido finalizado, eles decidiram fazer uma série de spin-off com um dos personagens secundários sendo o protagonista (o Sheen) chamado Planeta Sheen, e esse spin-off não deu certo visto que apesar do personagem não ser realmente ruim, os escritores não tinham material o suficiente para fazer um desenho com ele sendo o centro das atenções e ele ficou genérico e cheio de clichês. Dito isso, Secret Agent Clank deixou um bocado a desejar.
10° lugar: Ratchet & Clank: Size Matters (2007, PSP).
Ratchet & Clank: Size Matters foi um jogo feito com o intuito de levar a fórmula tradicional da franquia ao novo portátil da Sony, além de mesclar as técnicas mais avançadas de Going Commando e Up Your Arsenal com a simplicidade e o foco na plataforma do Ratchet & Clank de 2002.
A história desse jogo é fraquinha e o vilão do jogo não impressiona muito, mas por outro lado o jogo ainda tem ideias e conceitos interessantes que marcaram presença. O sistema de armaduras é bem interessante, permitindo que você possa misturar peças de armaduras diferentes para obter efeitos e habilidades especiais, a seleção de armas deixa um pouco a desejar mas ainda tem armas boas e que mostram que os desenvolvedores se esforçaram (Como o Lacerador por exemplo, é bem satisfatório atirar com ele), e acima de tudo é notável que mesmo com o PSP tendo um analógico e 2 shoulder buttons a menos se comparado ao controle do PlayStation 2, os desenvolvedores fizeram um trabalho significativo tentando mapear a mesma jogabilidade do PlayStation 2 para o PSP, que mesmo tendo algumas limitações ainda é notável. Isso sem falar que ainda tentaram levar partidas de multiplayer seguindo a onda de Up Your Arsenal e Deadlocked. Eu acho que os desenvolvedores tentaram extrair o máximo possível do potencial do PSP, praticamente um PlayStation 1.5.
Outros conceitos ainda deixaram a desejar, como por exemplo o Raio Encolhedor, o principal ponto do jogo, poderia ter mais usos. O Raio Encolhedor é utilizado apenas em cenas do jogo, ele não é usado por Ratchet no meio da fase. Os desenvolvedores bem que poderiam ter empregado o Raio Encolhedor de uma maneira melhor e não se limitando a usá-lo apenas em cutscenes.
Mesmo Size Matters sendo um jogo meio esquecível se comparado a outros jogos da franquia, eu ainda acho que ele merece um pouco de reconhecimento. Foi a primeira tentativa dos desenvolvedores de levar Ratchet & Clank a um console portátil e o resultado, mesmo não tendo sido perfeito, não foi algo realmente ruim, é um jogo de plataforma que ainda consegue ser legal e mesmo não sendo um dos melhores jogos do PSP, ainda é um jogo que merece uma chance e está entre os melhores jogos de plataforma do portátil.
9° lugar: Ratchet & Clank: Into the Nexus (2013, PlayStation 3 e PS Vita).
Ratchet & Clank: Into the Nexus foi o último jogo da franquia a ser lançado para o PlayStation 3 e o PS Vita, o adeus da Insomniac ao console.
De início o jogo parece ser bom. Into the Nexus tem uma nova engine feita por cima de jogos como All 4 One e Full Frontal Assault que proporcionam gráficos bem legais para um jogo do final da vida do PlayStation 3, tem uma ótima seleção de armas, adiciona novas mecânicas interessantes como a mecânica de poder pular de uma superfície metálica a outra em ambientes sem gravidade, e a história é bem boazinha, além de ter uma vilã bem escrita.
Diante disso tudo, vocês devem estar se perguntando: Qual o problema do jogo? O maior problema de Into the Nexus é que ele é um jogo bem curto para a franquia. Into the Nexus pode ser zerado em 5 horas, o que é uma falha grave levando em conta que ele foi lançado como um jogo de preço cheio, sem falar que só para servir de comparação o último jogo da série principal a ser lançado antes de Into the Nexus, A Crack in Time, de 2009, pode ser zerado em 10 horas.
Mesmo o jogo tendo várias ideias interessantes e dignas de estarem em um dos jogos bons ou em um dos melhores jogos da franquia, o fato do jogo ser curto desse jeito é o que impede que eu possa o considerar como um jogo realmente bom, ainda mais levando em consideração que depois de Tools of Destruction, Quest for Booty e principalmente A Crack in Time, as expectativas para Into the Nexus eram bem altas. Esse jogo foi quase como se fosse o Sonic Forces da franquia Ratchet & Clank, prometeu muito, mas não conseguiu realmente cumprir as expectativas dos jogadores.
8° lugar: Ratchet & Clank (2016, PlayStation 4).
O jogo baseado no filme baseado no jogo, o reboot de Ratchet & Clank foi um jogo lançado em 2016, servindo como uma tentativa de reescrever a história de como a franquia começou, além de ter sido lançado em conjunto com o filme da franquia no mesmo ano.
Antes de tudo, a história desse jogo é bem mediana. O maior defeito desse jogo (e do filme) é que ele não explora muito a amizade entre o Ratchet e o Clank. No Ratchet & Clank de 2002 nós vimos os dois se conhecendo, brigando no meio do caminho, fazendo as pazes e enfim se tornarando grandes amigos, enquanto no reboot de 2016 os dois se conheceram e ficou por isso mesmo, não há muitos momentos com os dois criando laços ou desenvolvendo a amizade, o que é crucial levando em consideração essa é literalmente a história de como o Ratchet e o Clank se conheceram. Além disso, o Ratchet não é aquele babaca que aos poucos se tornou uma pessoa melhor do jogo original de 2002, no reboot de 2016 ele é praticamente um carinha genérico e inocente que deseja ser um herói. Comparar o Ratchet do Ratchet & Clank de 2002 ao Ratchet do Ratchet & Clank de 2016 é quase como se fosse comparar o Robin dos Jovens Titãs de 2003 ao Robin dos Jovens Titãs em Ação de 2013.
Mesmo com o reboot de 2016 falhando no quesito história, ele tem uma jogabilidade boa. Os desenvolvedores fizeram um bom trabalho animando o jogo no PlayStation 4, mesclando conceitos dos jogos mais atuais com a jogabilidade mais simplificada do jogo de 2002, além de colocar várias referências de vários dos jogos da franquia que foram lançados antes de 2016 (do Ratchet & Clank de 2002 a Into the Nexus). O reboot de 2016 é um ótimo jogo tanto para os jogadores que querem conhecer a franquia, quanto mais para os fãs de longa data dela. Essas referências aos jogos anteriores da franquia foram uma ótima ideia, sem dúvidas.
Se a história do jogo fosse um pouco melhor, o reboot de 2016 seria facilmente um dos jogos bons da franquia. Ratchet & Clank de 2016 é mediano, mas não está muito longe de ser bom.
7° lugar: Ratchet: Deadlocked (2005, PlayStation 2).
2005 e 2006 foram os anos em que a indústria dos jogos mergulhou de cabeça na ideia "edgy" de amadurecerem suas franquias lançando jogos com uma pegada mais pesada. Foram nesses 2 anos que jogos com pegadas mais maduras se comparadas ao resto de suas franquias estavam sendo lançados. Jogos como Shadow the Hedgehog, The Legend of Zelda: Twilight Princess, Bomberman Act: Zero (eca) e é claro, Ratchet: Deadlocked.
Ratchet: Deadlocked tem uma história um pouco mais sombria se comparada ao estilo bem-humorado e otimista do Ratchet & Clank de 2002, de Going Commando e de Up Your Arsenal. Comparar Deadlocked aos jogos anteriores da franquia do PlayStation 2 é a mesma coisa de comparar Acceleracers a Via 35 (Me pergunto se alguém vai entender essa referência de Hot Wheels...).
Deadlocked conta uma história em que Ratchet e seus amigos são sequestrados e forçados a competir em um programa de TV sangrento muito semelhante as lutas de gladiadores da Roma antiga chamado Dreadzone, e lá eles percebem que vários dos heróis mais famosos da galáxia estavam com o mesmo problema que eles. Todos sendo forçados a lutar sob a pena de terem suas cabeças explodidas pelos colares Deadlock.
Mesmo sendo um jogo spin-off, Deadlocked ainda é bom. O jogo tem uma pegada mais focada para sessões de tiro dando pouca ou nenhuma ênfase em sessões de plataforma, a seleção de armas do jogo é boa assim como as opções de customização para as mesmas, sem falar que muitos dos elementos de Up Your Arsenal como os veículos e o modo multiplayer deram um passo para frente nesse jogo. Eu também suspeito que a Insomniac se inspirou bastante em Halo, principalmente em Halo 2, para fazer Deadlocked, porque os veículos desse jogo e o modo multiplayer lembram o multiplayer de Halo 2 no Xbox, uma das melhores experiências de multijogador do console da Microsoft.
Apesar de ser um pouco diferente dos jogos mais tradicionais da franquia, Deadlocked consegue não só ser um bom jogo, como também o melhor spin-off de toda a franquia.
6° lugar: Ratchet & Clank (2002, PlayStation 2).
Onde tudo começou... O primeiro jogo da nova franquia da Insomniac após em 2000 eles terem perdido a licença para fazerem os jogos do Spyro para a Universal (semelhante ao que aconteceu com a Naughty Dog e Crash em 1999).
Ratchet & Clank de 2002 é o primeiro jogo da franquia, contando a história de um lombax mecânico chamado Ratchet e um robô de guerra defeituoso chamado Clank que precisavam salvar a galáxia de Solana do maligno presidente Drek. É um jogo de plataforma ambientado em vários planetas com elementos de tiro em 3° pessoa e puzzles, praticamente como se a Insomniac quisesse tentar uma ideia um pouco mais amadurecida se comparado aos jogos mais inocentes (mas que são bons, claro) do Spyro.
Mesmo tendo alguns defeitos nas fases, Ratchet & Clank de 2002 é um ótimo jogo, com uma seleção de armas decente para o primeiro jogo, vários dispositivos interessantes e acima de tudo uma boa história para um jogo de plataforma. Para mim o maior destaque desse jogo foi como a Insomniac contou a história de como o Ratchet e o Clank se conheceram, e ainda por cima evoluindo a dinâmica entre os dois de uma maneira natural. Ratchet é um mecânico com uma personalidade mais agressiva e impulsiva, o que é complementada de uma boa maneira com a personalidade mais calma e racional de Clank.
Durante o jogo, Ratchet e Clank se conheceram, ficaram de mal um com o outro, fizeram as pazes e por fim se tornaram grandes amigos. A ideia da Insomniac de colocar uma história desse nível em um jogo de plataforma em uma época que muitos alegavam que o gênero plataforma estava morto foi uma boa sacada para dizer que esse gênero ainda tinha muito a oferecer.
Ratchet & Clank de 2002 foi um jogo bom, o ponto de partida perfeito para uma franquia que iria ainda continuar por mais de 20 anos (e se Deus quiser ainda mais!).
5° lugar: Ratchet & Clank Future: Tools of Destruction (2007, PlayStation 3) e Ratchet & Clank Future: Quest for Booty (2008, PlayStation 3).
Tools of Destruction foi o primeiro jogo da franquia a ser lançado para o próximo console da Sony, que na época era o PlayStation 3.
Depois de terem feitos jogos com histórias mais simplificadas que consistia em um vilão aparecendo e com a dupla tendo que derrotá-lo, a Insomniac decidiu amadurecer um pouco o enredo dos jogos (apesar deles ainda continuarem tendo momentos para quebrar a tensão, claro).
Um detalhe interessante de Tools of Destruction é que ele resgata um pouco do conflito que o Ratchet tinha com o Clank no Ratchet & Clank de 2002. Nesse jogo agora a dupla está em uma nova galáxia (Polaris), e é revelado que Ratchet era o último ser de sua espécie, os lombaxes, visto que todos os membros da espécie lombax fugiram para uma dimensão alternativa usando um dispositivo na forma de um chapéu, o Dimensionador. Diante disso, Ratchet quer mais do que tudo poder rever a sua espécie, mas por outro lado Clank começa a ter visões de uma outra espécie chamada zoni, que mandavam mensagens para o robô dizendo que era uma péssima ideia reencontrar os lombaxes. Nisso, havia um conflito entre Ratchet e Clank porque Ratchet queria reencontrar a sua espécie e ficava inconformado com o fato do seu melhor amigo não ser muito a favor da ideia, e para completar durante a história de Tools of Destruction, os zoni só apareciam para Clank, nunca para Ratchet ou qualquer outro personagem, o que dificultava para Clank explicar a Ratchet sobre os zoni.
Com uma nova galáxia, Tools of Destruction também introduz novos personagens na história, como por exemplo Talwyn, a filha de um explorador famoso que conhecia sobre a história dos lombaxes e que depois vira a namorada de Ratchet, e seus robôs de guerra Cronk e Zephyr, que são dois robôs que ajudam Talwyn.
Saindo um pouco da história, apesar do jogo ter abandonado os elementos de multiplayer que estiveram presentes em Up Your Arsenal, Deadlocked e Size Matters, Tools of Destruction continua tendo uma boa jogabilidade, uma boa seleção de armas, faz um uso satisfatório do novo hardware do PlayStation 3, e tudo isso em uma nova galáxia com novos personagens.
Além disso, um ano depois o jogo recebeu um pequeno complemento que se comporta como um jogo solo, que foi o Quest for Booty. Mesmo reutilizando muitas assets de Tools of Destruction e sendo muito mais simplificado, Quest for Booty ainda é uma boa adição a história de Tools of Destruction, inclusive sendo um prólogo e deixando um baita de um gancho para a próxima aventura da franquia, que viria a ser A Crack in Time.
4° lugar: Ratchet & Clank: Going Commando (2003, PlayStation 2).
Depois do sucesso do primeiro jogo da franquia em 2002, era previsível que a Insomniac estivesse desenvolvendo uma continuação.
Ratchet & Clank (2002) foi um ótimo jogo, mas ainda havia muito a ser melhorado, e em Going Commando os desenvolvedores evoluíram muito a fórmula da franquia adicionando vários elementos que se tornaram itens imprescindíveis em todos os Ratchet & Clanks, mas vamos por partes.
Para combinar com os novos elementos a serem adicionados, a história do jogo sai da galáxia de Solana e vai para a galáxia de Bogon, uma nova galáxia com novos personagens e acima de tudo uma nova história, em que Ratchet precisa recuperar um experimento importante das mãos de um bandido para a maior corporação da galáxia. A história não é impressionante do mesmo nível que os jogos do PlayStation 3 ou do Rift Apart no PlayStation 5, mas ela é boa para os padrões dos jogos do PlayStation 2.
A Insomniac também fez um excelente trabalho melhorando a fórmula do primeiro jogo. Foi nesse jogo que tivemos a primeira aparição do strafing, do sistema de RPG e do sistema de armaduras, sem falar que o sistema de melhoria de armas ficou muito melhor se comparado ao antecessor. Com o strafing agora Ratchet podia andar livremente pelo cenário enquanto mantinha um inimigo na mira, o sistema de RPG permitiu que Ratchet pudesse ter a sua vida máxima aumentada conforme ganhava experiência matando inimigos, o sistema de armaduras permitia que fossem compradas armaduras que diminuíam a quantidade de dano recebido por Ratchet, e o sistema de melhoria de armas permitiu que as armas (com uma ou outra exceção) pudessem ser melhoradas apenas sendo usadas.
Sem sombra de dúvidas, Going Commando é um excelente jogo e foi responsável por adicionar as melhorias que seriam implementadas em todos os jogos da franquia daqui em diante.
3° lugar: Ratchet & Clank: Rift Apart (2021, PlayStation 5).
A medalha de bronze fica com Ratchet & Clank: Rift Apart, mais conhecido no Brasil como Ratchet & Clank: Em uma Outra Dimensão.
Rift Apart foi até então a aventura mais recente da franquia, sendo lançado para o novo PlayStation 5. O jogo tem uma história legal e com momentos mais emocionais, porém sem sacrificar o senso de humor característico da franquia. Rift Apart se passa um bons anos depois dos acontecimentos de Into the Nexus, com a galáxia vivendo um momento duradouro de paz e inclusive fazendo Ratchet cogitar se aposentar do posto de herói, então para celebrar todos os feitos de Ratchet, o seu melhor amigo, Clank, decide fazer um desfile alegórico em homenagem ao lombax e dá a ele o Dimensionador para que ele pudesse enfim se reencontrar com a sua espécie, mas o Dr. Nefarious aparece, usa o Dimensionador e põe o universo inteiro no caos com as dimensões se misturando e inclusive revelando uma dimensão alternativa dominada por um outro Nefarious que era o Imperador da dimensão, com uma lombax chamada Rivet, uma robô parecida com Clank chamada Kit e vários outros personagens que eram os equivalentes dimensionais dos personagens da dimensão de Ratchet.
Os maiores destaques de Rift Apart incluem o fato de ser um jogo muito bem animado e com uma boa quantidade de opções gráficas e de assistência para pessoas com algum tipo de deficiência. A seleção de armas é muito bem-feita e o sistema de armaduras se inspirou bastante no sistema de armaduras de Rift Apart, permitindo que você não só possa misturar peças de armaduras diferentes como também possa mudar a cor. Inclusive outro detalhe interessante é que as armaduras são cosméticas nesse jogo, elas dão bônus mas você não é obrigado a usar a armadura para poder ter esse bônus, é só usá-la!
Isso que eu vou falar agora pode até ser picuinha, mas nos jogos anteriores do Ratchet & Clank, um "problema" com o sistema de armaduras era que quando você comprava a melhor armadura do jogo (muito provavelmente no modo de desafio, em que você começava o jogo com todas as armas, armadura e experiência do save zerado anteriormente), era uma armadura que cobria o rosto do Ratchet e você não podia mais ver as expressões faciais dele no jogo atual a não ser que você aplicasse uma skin. Nisso, em Rift Apart os desenvolvedores resolveram esse "problema" automaticamente ocultando o capacete de Ratchet/Rivet sempre que aparece uma cutscene. Pode até ser picuinha o que eu acabei de dizer, mas eu achei que essa solução dos desenvolvedores foi muito bem-vinda.
A mecânica envolvendo dimensões alternativas também é muito boa e inclusive um excelente feito do PlayStation 5 com o SSD. Poder ir de uma fase para outra ou de uma dimensão para outra em um simples estalar de dedos é algo muito dinâmico e que com certeza o PlayStation 4 não aguentaria.
A adição de Rivet e Kit também foi muito bem-vinda. Elas são personagens únicas com histórias bem escritas e que não se limitam a apenas serem cópias femininas de Ratchet e Clank. Rivet e Kit podiam muito bem ter um jogo solo na mesma vibe de Homem-Aranha: Miles Morales, que é um jogo único do Homem-Aranha com o Miles Morales mas que reutiliza mecânicas do Homem-Aranha (do PS4) com o Peter Parker.
Em geral Rift Apart é um jogo maravilhoso, a minha única crítica é o fato de às vezes eles reutilizarem os mesmos chefes, mas mesmo assim é
um dos melhores jogos da franquia e eu afirmo que com certeza conseguiu revolucioná-la ou pelo menos deixar uma excelente marca.
2° lugar: Ratchet & Clank: Up Your Arsenal (2004, PlayStation 2).
Depois de Ratchet & Clank (2002) ter sido um bom jogo e ter tido a sua fórmula melhorada em Going Commando, eis que a Insomniac lança Up Your Arsenal lapidando ainda mais o diamante da franquia.
A história de Up Your Arsenal leva a dupla dinâmica de volta a galáxia de Solana (onde foi a primeira aventura dos dois) com o Dr. Nefarious fazendo a sua primeira aparição e com o plano de transformar a galáxia inteira em robôs. Com isso, o Capitão Qwark obtém permissão do presidente da galáxia (O Presidente Phyronix) e cria uma força-tarefa para derrotar Nefarious e suas forças com alguns novos personagens e personagens que marcaram presença no primeiro Ratchet & Clank, como Al, Helga e Skidd.
Um dos fatores que me fazem considerar Up Your Arsenal como um dos melhores jogos da franquia são o fato dele ter combinado todas as inovações de Going Commando com o cenário do primeiro jogo, incluindo os personagens e planetas que marcaram presença. Nefarious também foi um ótimo vilão, sendo bastante carismático e gostável. A história é boa para um dos jogos de PlayStation 2 da franquia, e inclusive eu digo que a Insomniac nesse jogo caprichou no humor. Ratchet & Clank é uma franquia com enredos que sabem ter momentos mais sérios em geral, mas eles sempre tinham momentos engraçados bem escritos para quebrar um pouco a tensão, e em Up Your Arsenal a Insomniac acertou em cheio nesses momentos e eu afirmo que Up Your Arsenal é o jogo mais engraçado de toda a franquia (Mas claro, a história também tem momentos mais sérios e cheios de ação, não é só um filme do Adam Sandler na sessão da tarde).
E as menções ao Ratchet & Clank de 2002 e a Going Commando não se limitam a apenas no enredo do jogo, quer dizer, se você tiver um jogo salvo do Ratchet & Clank de 2002 no Memory Card você pode jogar com a aparência clássica sem camisa do Ratchet, assim como se você tiver um jogo salvo de Going Commando no Memory Card você recebe um desconto nas armas de Going Commando que voltaram em Up Your Arsenal.
A seleção de armas é enorme, tendo tanto armas novas quanto armas que retornaram dos jogos anteriores. O jogo tem uma boa variedade com armas de todos os tipos e estilos e o sistema de melhoria ficou um pouco melhor se comparado a Going Commando.
Além disso, a Insomniac introduziu um modo multiplayer nesse jogo, em que os jogadores poderiam jogar alguns modos de jogo e escolhendo entre uma boa variedade de personagens para jogar tanto de maneira local quanto de maneira online. Não é exatamente fácil achar um jogo de PlayStation 2 com suporte online.
Apesar do desenvolvimento ter sido corrido e com o jogo recebendo algumas críticas por ser mais linear se comparado a Going Commando, Up Your Arsenal é um excelente jogo e um dos melhores da franquia Ratchet & Clank. Mas, todo mundo sabe que o melhor jogo sem dúvidas é...
1° lugar: Ratchet & Clank Future: A Crack in Time (2009, PlayStation 3).
...A Crack in Time. Esse jogo sem sem sombra de dúvidas é o melhor de toda a franquia.
Na época ele era um jogo extremamente aguardado, especialmente levando em conta os finais de Tools of Destruction e Quest for Booty, que mostravam Clank sendo abduzido pelos Zoni e o Dr. Nefarious de volta.
O jogo tem a melhor história de toda a franquia. De um lado temos Ratchet, que estava em busca de Clank ao mesmo tempo que descobria mais sobre a raça lombax com um outro lombax chamado Azimuth, ex-general dos lombaxes durante a guerra que deixou a sua raça praticamente extinta, além de ser um grande amigo do pai de Ratchet. E de outro lado temos Clank, que estava no Grande Relógio (uma estrutura que fica no centro do universo e é responsável pela manutenção do tempo) descobrindo mais sobre a sua própria família e principalmente o seu pai, Orvus, relações com os zoni e as responsabilidades que tinha sobre o tempo, que deveria ser sempre mantido e nunca alterado. Além de Ratchet e Clank, Nefarious pretendia usar o tempo para derrotar a dupla, e Azimuth sabendo dos poderes do Grande Relógio tinha intenções de usá-lo para voltar no tempo e impedir a extinção dos lombaxes. Os personagens são muito bem desenvolvidos, além de serem bem-escritos e terem boas motivações, o enredo desse jogo não decepciona.
Outro detalhe interessante do enredo é que ele retrata a obrigação de Ratchet em fazer uma escolha. Ratchet sendo incentivado por Azimuth sabe que o Grande Relógio pode permitir viagens no tempo, o que no papel poderia possibilitar que ele voltasse ao passado para impedir a extinção da raça lombax e ver de perto os seres de sua espécie e principalmente seu pai e sua mãe, mas ao mesmo tempo ele reconhece por parte de Clank que o tempo jamais deve ser alterado e que só pode ser mantido sob a pena do universo ser destruído. É como se Ratchet estivesse sendo forçado a escolher entre ser Ratchet ousado de antes, ouvir o Azimuth e conseguir o que ele sempre quis ou ser o Ratchet responsável de agora, ouvir o Clank e fazer a coisa certa, mesmo que isso não traga a ele o que ele tanto quer.
Quanto as armas, A Crack in Time tem uma boa seleção de armas e dispositivos, incluindo as novas armas Constructo, que podem ter a sua performance e aparência customizada pelo jogador. Além disso, um elemento presente nesse jogo que nunca mais voltou na franquia foi a adição de um pequeno mundo aberto onde Ratchet pode navegar com a sua nave no espaço enquanto explora, podendo entrar em combates espaciais e também ouvir música nas estações de rádio da nave. Uma adição que pode não ser muito significativa mas que ainda é bem-vinda. E sim, tá certo que além de A Crack in Time outros jogos da franquia tiveram hubs (espaços que são feitos para o jogador descontrair mais no jogo) como a Nave-Mãe Fênix em Up Your Arsenal ou o Bar do Zurkie em Rift Apart, mas eles não chegavam ao mesmo nível do mundinho aberto de A Crack in Time.
Eu acho que o principal motivo de A Crack in Time ser o melhor jogo da franquia se deve ao fato de que ele era para ser o último Ratchet & Clank, por isso os desenvolvedores capricharam e mandaram ver na história do jogo, mas o que aconteceu foi que depois de A Crack in Time a Sony pediu que a Insomniac continuasse a fazer jogos da franquia, posteriormente lançando os esquecíveis All 4 One e Full Frontal Assault em 2011 e 2012, os medianos Into the Nexus em 2013 e o reboot do primeiro jogo em 2016, e mais recentemente o incrível Rift Apart em 2021.
A Crack in Time sem dúvidas é a obra-prima de toda a franquia, com a melhor história, uma boa seleção de armas e uma das melhores jogabilidades.
Então pessoal, com isso eu encerro o meu ranking dos jogos da franquia Ratchet & Clank! Muito obrigado se você leu até aqui e até a próxima! Atualmente um Tudo Sobre sobre a versão 16 bits de Sonic the Hedgehog (1991) está em progressso!